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    Definição “exótica” da Fifa para a Copa de 2030 abre caminho para o maior sonho do reino saudita

    Investimento sem precedentes do país no esporte sofre críticas por ser visto como uma estratégia de mascarar violações de direitos humanos Príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman
    Príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman Leon Neal/Getty Images

    Rafael Serrada CNN

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    O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, foi quem anunciou a decisão que pegou de surpresa o mundo do futebol. A Fifa atendeu a um antigo pedido das federações sul-americanas e decidiu que a Copa do Mundo de 2030 terá partidas no Uruguai, onde a competição nasceu, além de Argentina e Paraguai.

    Veja bem… “terá partidas”. Isso porque somente as estreias dos três países citados serão na América do Sul. As demais 101 partidas da competição serão em Espanha, Portugal e Marrocos, que há tempos despontavam com a candidatura mais forte ao Mundial, sob o apoio das maiores confederações do planeta: Uefa (Europa), CAF (África) e AFC (Ásia).

    O recém-conquistado apoio asiático à candidatura ibero-marroquina não veio sem uma enorme contrapartida. Segundo noticiado por vários veículos, entre eles o jornal espanhol Marca, a Arábia Saudita costurou um acordo político no qual apoiaria o projeto em troca do aval de federações europeias para receber o Mundial seguinte, em 2034.

    A iniciativa também contaria com o suporte informal da Fifa. Inclusive, a proposta feita por Infantino em 2021, de reduzir para dois anos o intervalo entre Copas, foi interpretada como uma forma de antecipar a realização do evento em solo saudita. Muito criticada, a ideia naufragou.

    Cereja no bolo saudita

    Receber a Copa do Mundo é, para muitos, o objetivo final da parte esportiva do projeto “Visão Saudita 2030”, que centraliza a estratégia do país de diversificar a economia e reduzir sua dependência do petróleo.Doutor em Relações Internacionais pela Universidade de São Paulo, José Antonio Lima comentou o plano saudita à CNN, em agosto.“Idealizado pelo príncipe Mohamed [bin Salman], [o Visão 2030] é a estrutura de toda a estratégia. Diversificar a economia, aumentar a participação do setor privado, reduzir desemprego, aumentar participação das mulheres no mercado de trabalho, não deixar o país à mercê da volatilidade do petróleo. Além de mudar a vida no reino, ampliar o entretenimento e fazer com que os sauditas gastem dinheiro dentro do país, não em outras regiões do Golfo como ocorre atualmente”.

    “Sportswashing”

    Entretanto, vale destacar que o Reino da Arábia Saudita é acusado de diversas violações de direitos humanos. A mais famosa delas é o assassinato do jornalista, Jamal Khashoggi. Crítico da família real, ele foi morto no consulado saudita em Istambul, em outubro de 2018.Especialistas consideram que o enorme investimento do país no futebol seria uma forma de mascarar os abusos cometidos pelo regime.

    Candidatura conjunta?

    No comunicado em que oficializou a escolha das sedes do Mundial de 2030, a Fifa reiterou que a realização da Copa do Mundo seguirá tendo como pilar o rodízio de continentes. Sendo assim, a entidade pediu que os países-membros da AFC (Ásia) e OFC (Oceania) apresentem suas propostas. Ou seja, as três partidas em solo sul-americano são tratadas como se o continente estivesse recebendo o Mundial tanto quanto Espanha, Portugal e Marrocos.

    Além da Arábia Saudita, China, Austrália e Nova Zelândia surgem como possíveis interessados em uma candidatura conjunta. Nenhum desses países já recebeu o Mundial masculino.


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